terça-feira, 14 de maio de 2013

Relatório #2 – As origens do Ah! Cidade



 Seguindo o cronograma estabelecido para esse projeto de pesquisa, o segundo relatório trataria das primeiras conversas com a equipe idealizadora do portal. Conseguimos, de fato, entrar em contato com essas pessoas (o que resultou em algumas informações), mas não ocorreu ainda nenhum encontro efetivo.
Conversamos com Fabrício Santos, coordenador e editor de conteúdo do Ah! Cidade – e um dos quatro membros da sociedade que mantêm vivo* o portal – com quem estamos tendo dificuldade em agendar uma conversa ao vivo. Já o idealizador do Ah! Cidade, Daniel Florêncio, vive há alguns anos em Londres e ainda não nos respondeu os e-mails.

Daniel é jornalista, graduado pela UFMG, e há alguns anos vive em Londres, onde faz filmes e trabalha com audiovisual. Em 2008, produziu o documentário “Gagged in Brazil”, que denuncia as relações entre Aécio Neves, TV Globo e Estado de Minas. O vídeo, produzido para a Current TV, foi censurado no Brasil e garantiu ao diretor pesadas críticas do então governador mineiro.



Esse vídeo reportagem muito tem a ver com a proposta do Ah! Cidade, quando visto como ferramenta de conscientização política e de real liberdade de imprensa. De acordo com Fabrício, o portal nasceu com uma proposta editorial um pouco mais aventureira e desimpedida para os padrões do jornalismo em BH e MG. Busca-se maior liberdade, apartidarismo e realismo nas pautas trabalhadas no veículo.
A associação teve início quando Daniel uniu-se a um amigo, João Streit, que é dono de uma agência de mídia em BH e que seria o braço comercial e tecnológico do site. Para planejar o conteúdo e gerir a dinâmica de colaborações do portal, foram chamados mais dois jornalistas: Henrique Milen (que vive hoje em Parati – RJ) e o Fabrício, coordenadores e editores de conteúdo.
“Nós quatro nos tornamos um espécie de sociedade para tocar o projeto, que na nossa visão tinha potencial para se viabilizar comercialmente com uma proposta editorial um pouco mais ousada e criativa para os padrões do jornalismo em BH e MG”, comenta F. Santos.


* De acordo com as declarações recolhidas, o Ah! Cidade ainda não é tratado como um veículo morto. É verdade sim que não é atualizado desde 2012, mas de acordo com Fabrício, os idealizadores ainda não desistiram da idéia. Com certeza, a distância de Daniel é um dos fatores agravantes para a calmaria.

2 comentários:

  1. Eu não conhecia o Ah! Cidade, no entanto, depois de ler um pouco sobre ele nos posts de vocês, fiquei curiosa e irei dar uma olhada. Achei interessante, ainda, o fato de um jornalista mineiro, graduado na UFMG, ter conseguido produzir um documentário com uma crítica tão forte sobre as relações entre Aécio, TV Globo e EM.

    ResponderExcluir
  2. Legal conhecer estas facetas da produção jornalística de BH, e curioso também o fato deles não terem se organizado melhor , para manter o portal melhor assistido na ausência Daniel Florêncio.
    Enfim depois de ler o post de vocês, movido pela curiosidade fiz uma visita ao portal, que é muito interessante , um pena não estar a pleno vapor , espero que ele de fato não morra.

    ResponderExcluir