segunda-feira, 13 de maio de 2013

Relatório #2 – R7 além dos títulos



1 - Impressões sobre a visita
 
Amanda: 

Antes de chegar à redação do R7 MG, eu já sabia que ela seria pequena, mas acabou sendo ainda menor do que eu imaginava. São seis pessoas trabalhando: uma editora-chefe- Flávia Martins y Miguel, com quem conversamos -, quatro redatores e um estagiário; e pelo que nos foi falado, nunca ficam mais do que quatro pessoas lá ao mesmo tempo. A última pergunta que fiz na visita foi se eles tinham um fotógrafo para cobrir as pautas do site, e Flávia me respondeu que não, “aqui é geração 2.0”, nas palavras dela. Por mais que a gente queira ser bom, não dá pra ser um excelente repórter, redator, editor a ainda por cima fotógrafo, tudo junto, ao mesmo tempo. Sempre se é melhor numa área e deficiente em outra. Acho que essa situação específica, essa necessidade de que o profissional sozinho exerça quase todas essas competências, é muito sintomática do cenário do Jornalismo hoje. Dava pra fazer um post inteiro refletindo só sobre isso, mas aí já é outra história. 

Como a visita foi realizada poucos dias depois do final da primeira análise dos títulos do portal, eu já tinha uma ideia do que esperava ouvir a respeito disso, e foi tudo confirmado. Sobre os outros aspectos do site, me surpreendi bastante com o fato de, na análise deles, o R7 é o portal mais presente nas redes sociais. Pelo menos nos meus ciclos, se eu precisasse ranquear os três que mais aparecem no meu Twitter e Facebook, a ordem seria G1, Terra e Yahoo. 

Flávia também nos passou a informação de que o portal é o 3º mais acessado do Brasil, o que é impressionante, se pensarmos que ele foi criado a menos de quatro anos (em setembro de 2009). Mas enfim, é de internet o que estamos falando, e a dinâmica da consolidação do portal é muito diferente daquela necessária para um jornal impresso, por exemplo.

Chegamos mais cedo e ficamos na redação até que Flávia chegasse, e nesse meio tempo, me pareceu que o convívio no local parece ser bem harmonioso. Os dois redatores presentes no momento pareciam bem simpáticos, comentavam as notícias com piadinhas e tudo mais. O que nos recebeu ficou bem surpreso quando descobriu que poderíamos escolher trabalhar com o que quiséssemos nessa disciplina e escolhemos o R7. Quase como “Com tanta coisa melhor pra vocês analisarem, sério que escolheram logo o R7?”. Mesmo com boas relações de trabalho, parece que não há um sentimento de pertencimento. 


Laís:

Tendo em vista a nossa visita ao R7, percebi o quão curiosa é a relação do espaço físico de uma redação jornalística com o conteúdo por ela publicado.  Nesse sentido, uma das frases mais significativas expressas pela chefe de redação, Flávia Martins, fornece subsídio para essa análise: “É preciso desburocratizar a linguagem”.

Referindo-se ao perfil editorial do portal de notícias da Record, Martins afirmou: “Aqui a gente não adquire, a gente compra”. Partindo da premissa que o perfil dos leitores do R7 é formado predominantemente pelo público da classe C e D – e preconizando sê-lo detentor de vocabulário reduzido -, a fala de Martins é condizente com o espaço físico reduzido e com a equipe pequena de apenas seis membros do portal. Na estreita sala da redação, não são visíveis elementos de consulta – livros e revistas impressas – e tampouco aparelhos televisivos e radiofônicos que possam ser usados como ferramentas para consulta e obtenção de informação por parte dos redatores.

Penso, porém, que o objetivo de desburocratizar a linguagem, almejado pelo R7, pode ser mais complicado que aquilo previsto pelo portal. A disjunção encontrada entre o sentido dos títulos e do sentido do texto – objetivo central do nosso projetos B1 – é um exemplo claro dessa realidade. Segundo a própria Martins, o título da matéria corresponde ao elemento mais importante do conteúdo publicado pelo portal. Tendo por objetivo atrair os leitores para a tríade que é vista como tripé do R7 – factual, serviços e audiências – o título das matérias segue uma linha sempre próxima ao sensacionalismo. Isso pode ser notado nas matérias concebidas como destaques pelo portal, as quais, segundo Martins, priorizam temas como polícia, sexo e sangue. De acordo com a editora, utilizam-se, nesse processo, materiais provenientes de outros segmentos da Record, como fragmentos do programa televisivo “Cidade Alerta”.

Não obstante, de acordo com Martins, o portal R7 apresenta total independência gestora e criativa dentro da Rede Record. Contudo, há uma grande subordinação da unidade mineira à sede, em São Paulo. Nesse contexto, conquanto a própria Flávia Martins reconheça a grande importância das redes sociais para o funcionamento do portal, é somente a central de São Paulo o núcleo responsável por gerenciar o conteúdo disponibilizado nas redes sociais.  Outras instâncias relativas à influência da central paulista no funcionamento da gestão mineira são as reuniões de pauta e os estudos relativos ao fluxo de leitores do portal. No primeiro caso, realizam-se reuniões virtuais às segundas-feiras e, nos segundo, são desenvolvidas pesquisas focadas na análise dos links mais acessados pelos leitores e quais são os horários do dia em que há maior fluxo de visitantes. Questionada acerca dessas estatísticas, Martins afirmou trataram-se de arquivos sigilosos e não passíveis de serem compartilhados.

Particularmente, em relação à equipe do R7, notei dois fatos pouco harmoniosos. Durante os trinta minutos que permanecemos esperando Flávia Martins aparecer, nenhum dos outros dois jornalistas sentiu-se confortável o suficiente para responder questões básicas sobre o portal e recomendaram-nos que esperássemos Martins. Além disso, houve uma grande surpresa por parte de um dos jornalistas da redação pela nossa escolha de adotar o portal como objeto de nossa pesquisa. Nesse sentido, questionaram-nos, com ironia, se gostávamos desse estilo de jornalismo. Consequentemente, reverto essa questão e pergunto-me se os membros da equipe apreciam a linha editorial sob a qual trabalham.



2 – Produção para as classes C e D e o sensacionalismo

“O estilo nem por sombra corresponde a um simples culto da forma, mas, muito longe disso, a uma particular concepção da arte e, mais em geral,

a uma particular concepção da vida.”



            De autoria de Léon Tolstoi e utilizada pela jornalista Maria Gabriela como abertura de sua entrevista com Amora Mautner – diretora da novela global “Avenida Brasil” -, essa sentença dialoga com a percepção das representações das classes C e D presentes em produtos midiáticos contemporâneos. Nesse contexto, há variações na forma como veículos e empresas da imprensa empregam formas de linguagem distintas – impressa, radiofônica e televisiva – a fim de construir um perfil fidedigno de determinadas classes sociais. Presente na novela “Avenida Brasil”, nos periódicos populares e no objeto de nossa pesquisa, o Portal de Notícias R7, essa forma de representação sugere análises em que se pode perceber a valorização da apuração por parte dos veículos.


            Produzida pela Rede Globo entre março e outubro de 2012, “Avenida Brasil” foi considerada uma das novelas pioneiras a representar o cotidiano das classes suburbanas do país. Segundo Mautner, “Eu tinha uma novela que trabalharia precisamente com a realidade. Porque a gente ia falar do subúrbio. Os suburbanos são a classe que mais assistem novela. É um subúrbio que consome. Um subúrbio que tem orgulho de ser suburbano”. A percepção crítica de Mautner foi consolidada, principalmente, com as estratégias de produção por ela adotadas. Durante o processo de montagem da novela, a diretora - que se reconhece pertencente à classe média -, percorreu subúrbios a fim de compreender o universo que representaria. Dentre diversas contestações, Mautner observou o percurso sonoro ruidoso do local, em que se confluem diversos sons provenientes de situações distintas. Essa valorização da pesquisa, em conjunto com a defesa da televisão como um espaço para o surgimento de direção com traços autorais, produziram uma telenovela considerada verídica e um sucesso do público brasileiro. A partir do estudo de “Avenida Brasil”, percebeu-se como se sobressai uma obra em que há uma preocupação em se representar segmentos e classes sociais para além dos preconceitos óbvios e se percebe como o produto midiático pode interferir na vida da classe representada.


            O uso de uma linguagem e um estilo destinado a uma classe específica também podem ser identificados no jornalismo popular. Segundo autores citados por Geélison Ferreira da Silva em sua tese “Violência e imprensa em Minas Gerais: uma reprodução da sociedade dominante”, o jornal popular “É um tipo de jornal geralmente barato, com poucas páginas, grande publicidade, destinado ao publico de baixa renda e não possui venda por assinatura”. (p.11) Nesse sentido, o jornal popular dedicar-se-ia às classes C e D, mas não se atrelaria, necessariamente, ao sensacionalismo. De acordo com Silva,



“O jornal popular não publicaria somente sexo e violência, tentaria então

corresponder ao interesse do público, buscando estar cada vez mais próximo dele, abrindo inclusive espaço para a participação desse público diretamente no jornal. O jornal popular, através de técnicas antigas, já presentes no melodrama e no folhetim, busca o envolvimento do público, dá maior ênfase ao local, e busca oferecer entretenimento ao leitor. Pouco trata de política ou assuntos mais abrangentes, normalmente narra fatos de forma simples e curta, trazendo parte do ocorrido na manchete que nem sempre retrata exatamente o que narra a matéria. O leitor popular normalmente se interessa por violência, futebol, fofocas do mundo dos famosos, e acontecimentos locais, rejeitando a economia, a política e fatos de interesse nacionais ou mesmo globais. O jornal popular se contrapõe ao jornal de referência ou sério, que tem compromisso com a informação, ele busca, em ultima instância, entreter o leitor.” (p. 12)



            O jornalismo popular altera a relação usual entre o jornalismo e leitor, na medida em que há maior preocupação com o entretenimento do que, necessariamente, com o papel de crítica social associado à prática jornalística. Nesse sentido, utilizam-se termos favoráveis ao estabelecimento de relações de proximidade e intimidade com os leitores. Em Belo Horizonte, o jornalismo popular pode ser associado a dois periódicos impressos: o “Aqui” e o “Super Notícias”. Não obstante, esses jornais, em muitas das matérias, constroem-se sob os pilares do sensacionalismo, tendo em vista a opção por fatos em que há recorrência de assassinatos e outras instâncias agressivas.



            De acordo com a nossa visita ao R7 e à entrevista realizada com a editora-chefe, o portal de Notícias da Record seria um representante do jornalismo popular, voltado para a produção de informação para as classes C e D. Nesse sentido, é possível encontrar algumas correspondências com a conceituação proposta por Silva, na medida em que as sessões de moda, beleza e fotos visam, predominantemente, o entretenimento do leitor. Em muitas vezes, o entretenimento baseia-se em termos agressivos e voltados para a zombaria de determinada classe de indivíduos ou gênero. Destaca-se, por exemplo, a sessão abaixo, em que há a imagem de uma mulher semelhante a um cavalo é considerada uma das principais imagens da semana.


No entanto, a maioria dos produtos vinculados à plataforma R7 assemelha-se mais ao perfil sensacionalista. De acordo com Geélison Ferreira da Silva,



“Sensacionalismo, como indica o termo, está relacionado à sensacional. Significa dizer que reproduz sensação intensa, se refere à sensação, desperta admiração, entusiasmo e sentimentos de forma geral. (...) Tem-se uma valorização da emoção, em detrimento da informação, através de exagero, deturpações, ambivalências semântico lingüística, exploração do vulgar, do extraordinário e espetacular. Destaca o supérfluo e sugestivo. O conteúdo dessa imprensa é geralmente sexo, sangue e escândalos. Serve para atender a instintos imediatos do leitor, fazendo com que o mesmo se afaste da realidade ao invés de se voltar para a mesma (ANGRIMANI, 1995).” (p.11).



            Tendo em vista a maioria dos títulos e manchetes analisadas por nós até então, torna-se evidente a aproximação do R7 com o perfil sensacionalista. Nesse sentido, as disjunções existentes entre os títulos e o conteúdo das matérias corroboram o uso da deturpação da linguagem como instrumento de um público leitor. Esse segmento não corresponde, necessariamente, à classe C e D. Tomando referência o conceito de jornalismo popular e mesmo um produto reconhecido como identitário dessa camada, é possível pensar que não é somente a busca pelo bizarro, pelo inusitado e pelo sangue os interesses dos indivíduos pertencentes às essas classes sociais. Talvez, se os redatores do R7 fizessem mais apuração próximas às essas camadas sociais e menos pelo universo cibernético, tal como realizou Mautner, alcançariam uma concepção mais próxima as características múltiplas que estão presentes em qualquer segmentação social.


3 - R7 Nacional e R7 Minas

Durante a visita, Flávia nos disse que não há reuniões de pauta exclusivas do R7 Minas. Eles participam da reunião de pauta semanal da sede do portal, em São Paulo, juntamente com todas as outras sucursais, através de videoconferência. Enquanto na redação daqui trabalham seis funcionários, na sede são mais de 140 pessoas, que segundo ela, em sua maioria saíram de grandes veículos, como Folha de São Paulo, Estadão e outros, para começar o novo portal da Record. 

A ideia que nos foi passada é a de que há uma grande integração entre a sede e as sucursais, o que, ao analisar os sites, parece não ser tão verdadeira assim. Para começar, o próprio layout da home geral do R7 e do R7 MG são bem distintos. Apesar do estilo de fonte e sombreamentos serem iguais, por exemplo, a disposição dos elementos na página não carrega a mesma identidade visual. A página do R7 MG é muito mais limpa e simples. 

Sobre as redes sociais, não há páginas ou perfis exclusivos das sucursais, fato que pode até indicar essa integração, mas talvez seria válido que cada regional tivesse seus mecanismos de divulgação próprios, atraindo leitores interessados especificamente nas notícias relacionadas a um certo local. 

Flávia ainda afirmou que o concorrente do R7 MG é o portal G1 Minas, e não o EM.com, O Tempo, e sites de outros veículos locais. Podemos perceber que a grande maioria das notícias presentes na página do R7 MG estão relacionadas à Cidades/Gerais, o que não me faz acreditar muito naquela afirmação. Se os portais dos outros jornais também trazem esse tipo de notícia, como não seriam seus concorrentes?

Um dos pontos levantados por Flávia é que por focar em Cidades, o portal regional do R7 concorre só com o G1 Minas, que também tem seu foco voltado para essa editoria, enquanto os outros portais abordam Esportes, por exemplo. Segundo ela, se um leitor quiser notícias sobre o Atlético Mineiro ou o Cruzeiro, por exemplo, não as buscaria na sucursal, mas sim na home geral do portal. Mas aí cabe outro questionamento: não seria mais prático que cada sucursal cobrisse os times de sua região, ao invés de todos os times ficarem na mão de quem muitas vezes está geograficamente distante, na sede em São Paulo?

Por fim, um dos únicos pontos que indicam uma integração funcional e coerente é quando há demandas de matérias com um mesmo que partem da sede para todas as sucursais, como acontece no caso de Eleições.


4 - Análise dos Títulos


Em relação aos títulos, no dia 09/05 (quinta-feira), às 16h30, um dos Destaques apresentava o seguinte título: “Menina queimada por cigarro da mãe quando era bebê supera dificuldades”. As informações “queimada por cigarro da mãe” podem levar o leitor a interpretar que, numa atitude cruel, a mãe deliberadamente queimou a filha – ainda bebê -, e que por terem sido feitas pela ponta de um cigarro aceso, foram queimaduras leves. As dificuldades superadas por ela seriam emocionais, causadas pelo trauma de ter sofrido nas mãos da própria mãe. No texto da matéria, percebemos que a história não é bem essa: “TerriCalvesbert perdeu seu cabelo, lábios, nariz, todos os dedos das mãos e também o pé esquerdo quando um incêndio devastador tomou conta de seu quarto, em novembro de 1998. A responsável pelo acidente era a última pessoa que se poderia imaginar: a própria mãe. (...) O incêndio que quase matou a bebê de 23 meses dias antes de ela completar dois anos foi causado por um cigarro esquecido pela mãe de Terri perto de seu berço”. O modo como as informações são colocadas no título nos levam a imaginar uma situação, ainda que triste, muito menos chocante do que a realidade. A chamada altera o nível de crueldade do fato. Sobre a superação de dificuldades, o texto apresenta o fato de que “Terri não conhece a versão completa de seu acidente. ‘Nem sei se um dia virei a saber’, diz ela, que não teve mais contato com a mãe desde a infância. ‘Eu tentei, mas não funcionou. Decidi olhar para a frente e superar’”. Essa superação vai muito além da ideia inicial de perdão a quem lhe infringiu algum mal. O valor-notícia privilegiado nesse título é o de “tragédia/drama”, e ao contrário de algumas chamadas analisadas no primeiro relatório, essa suaviza a real situação, no lugar de exagerá-la.



 

A notícia mais lida de 07/05 (terça-feira), às 20h40 trazia Mulher de sertanejo faz o maior cerco ao marido durante trabalho de gravação” como título. O uso de “sertanejo” no lugar do nome do artista é mais um exemplo de uso de descrições genéricas para nomear celebridades numa tentativa de atiçar a curiosidade do leitor acerca de quem é a personalidade em questão. Nesse caso, o cantor é Fernando, que faz dupla com Sorocaba. O título pode levar o leitor a imaginar situações de ciúmes e até desconfiança da esposa frente ao assédio de fãs durante a gravação, por exemplo. A notícia é composta unicamente por uma galeria de fotos com legendas, e nenhuma delas indica ciúmes ou situações embaraçosas em momento algum. A legenda mais extensa é essa: “Fernando estava acompanhado da mulher, Mikelly Medeiros. A loira também acabou fazendo uma participação na produção”. As fotos e legendas indicam uma esposa companheira e um casal feliz, não a mulher de pavio curto e o casal com problemas que o título prometia. O valor-notícia privilegiado é o de “proeminência”. 

 

 

 

Na manhã de 13/05 (segunda-feira), às 8h, um dos títulos presente nos Destaques era “Descubra o time do coração dos principais técnicos do País”. A maioria dos profissionais que trabalha com futebol costuma não revelar para qual time torcem para não gerar conflitos éticos. O clube do coração dos jornalistas esportivos, por exemplo, geralmente é um mistério, e mesmo quando recebem perguntas acerta desse assunto, preferem não revelar. Por isso, com uma chamada que promete a revelação do time para o qual os principais técnicos do país torcem, o leitor pode criar a expectativa de receber informações bombásticas, a partir de entrevistas com técnicos de renome. Ao clicar na matéria, o leitor é direcionado a uma galeria de fotos de treinadores de grandes times do Brasil, e as informações presentes nas legendas não vieram de nenhuma entrevista realizada pelo R7 especialmente para essa matéria, mas sim de declarações passadas. A primeira foto é traz a seguinte legenda: “Vanderlei Luxemburgo, por exemplo, é torcedor declarado do Flamengo. Hoje no Grêmio, o treinador chegou a dar declarações emocionadas quando conquistou o Campeonato Carioca de 2011 pela equipe Rubro-Negra”. O fato de Luxemburgo ser torcedor do Flamengo não é segredo para ninguém que acompanha sua carreira ou é aficcionado por futebol. Não há nenhuma informação nova, ou até mesmo um novo olhar sofre o fato. Há ainda casos nos quais a proposta do título não é cumprida de forma alguma: “Treinador do São Paulo, Ney Franco esconde bem o jogo quando o assunto é seu time do coração. Porém, o técnico, que é mineiro, teve passagens importantes sobre o Cruzeiro e o Atlético-MG. As suspeitas sobre esses dois gigantes mineiros, fica o mistério”. O valor-notícia em questão é o de “entretenimento”, e com a proposta de atrair o leitor, a expectativa produzida pelo título não condiz com o conteúdo da matéria.

 

 



5 comentários:

  1. Achei interessante vocês terem exposto as impressões individuais de cada uma sobre a visita ao R7, é uma forma até de mostrar possíveis diferentes compreensões do local e do que foi dito pelos jornalistas do portal. Achei curiosa a pergunta de um dos jornalistas relatada pela Laís, em que ele questiona o porquê da escolha do portal como objeto de análise da dupla. É claro que muitas vezes o bom jornalista precisa deixar seus gostos e até valores à parte buscando a imparcialidade, mas trabalhar em uma empresa em que você supostamente não acredita e não concorda com a proposta é no mínimo complicado. Quanto ao ranking que coloca o R7 como terceiro portal mais acessado no país, concordo com a Amanda, fiquei surpreso!

    O post de vocês ficou muito bem feito e o relato claro e fundamentado, mas muito extenso, acho que dariam umas 3 postagens só com a divisão desse. Tirando esse detalhe, deu pra ver que vocês entraram de cabeça no projeto, partindo de um tema simples, mas que rendeu uma discussão muito rica! Talvez o desafio seja selecionar o conteúdo, fazer um recorte no texto final, mas tudo está muito coerente.

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  2. Gostei muito de vocês, muito bem embasado e argumentado. Também Achei bem legal terem colocado a visão de cada em relação à visita técnica.

    Ia, aliás, justamente comentar sobre os questionamentos dos motivos de vocês estarem estudando o R7, mas o Vitor disse tudo. Se nem os caras acreditam e confiam no que estão fazendo, é bem difícil que alguém o faça.





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  3. Ei gente!! gostei muito do segundo post. Queria saber de vocês se quando conversaram com a Flávia, ela chegou a comentar qual a média de matérias que a sede em BH produz por dia?

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  4. Muito bem articulado o post , quase não percebi o tamanho, surpreendente o relato, de vocês, dentre os pontos destacados o que mais me chamou a atenção foi , a descrença dos profissionais com o próprio trabalho,
    fiquei pensando que talvez isso possa estar relacionado com a idealização que criamos em torno do trabalho do jornalista , e a incongruência com a realidade no campo.

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